Acordo Ortográfico - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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Questões relativas ao Acordo Ortográfico.
A língua portuguesa, a campanha <br> e a São(ta) ignorância
O Acordo Ortográfico na campanha eleitoral da legislativas de 10 de março de 2024

«Quando se lhe expõe a cauda, por sinal pouco limpa, vêm à superfície os assanhamentos do costume, sem grande novidade. E isso é de novo visível nos quase 100 comentários suscitados pelo artigo de Pacheco Pereira.»

Considerações de Nuno Pacheco, num artigo de opinião publicado no jornal Público no dia 22 de fevereiro de 2024 (escrito de acordo com a ortografia de 1945), em que aborda questões de ortografia nas campanhas políticas portuguesas para as eleições legislativas de 10 de março de 2024.

Voltámos à “recepção”? <br>  Mas afinal que país é este, hã?
Os erros induzidos pelo Acordo Ortográfico de 1990

«Ironias à parte, é de facto extraordinário como de vez em quando, nos órgãos de comunicação social portugueses, há palavras bem escritas no meio da traficância quase extraterrestre que nos vem contaminando a expressão gráfica (e, já agora, em certas palavras também a fala) desde há uns catorze anos a esta parte, a pretexto do chamado Acordo Ortográfico de 1990 (AO90)» – opina o jornalista português Nuno Pacheco a respeito do estado da ortografia em Portugal num artigo incluído no jornal Público em 31 de agosto de 2023. Texto escrito conforme a norma ortográfica de 1945, seguida pelo autor.

Acordo Ortográfico de 1990: o rei vai nu
Ainda a propósito de Félix

«João Félix e um João Feliz só se distinguem segmentalmente pela vogal da primeira sílaba dos respectivos apelidos. A pronunciação de Félix é uma excepção linguisticamente justificada. No entanto, soube há pouco tempo, o próprio João Félix, apesar de lhe terem indicado a regra, adopta a pronunciação que vai contra a norma (final /ks/).»

Observações de Francisco Miguel Valada, publicado no suplemento Ipsílon do jornal Público no dia 28 de julho de 2023, acerca de algumas incoerências na pronúncia de nomes próprios e da postura de determinadas figuras em relação ao Acordo Ortográfico de 1990. O texto segue a norma ortográfica de 1945.

A língua, a ortografia, voluntarismos e bajulações
A ideia de uma “língua portuguesa” igual para todos

«Foi o erro de se achar que havia uma “língua portuguesa” igual para todos, quando já era saudavelmente diferente consoante as geografias, que conduziu ao desastre do Acordo Ortográfico de 1990», sustenta o jornalista Nuno Pacheco em artigo de opinião incluído no jornal Público em 4 de maio de 2023. Texto escrtito segundo a norma ortográfica de 1945

Dicionário da Academia: <br>uma óptica, muitas “deceções”
Sobre o atualizado Dicionário da Língua Portuguesa , via digital

«A transposição do antigo Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea, coordenado por Malaca Casteleiro, baseou-se na adaptação da ortografia de 1945 (nele usada) à de 1990, exceptuando as citações de textos antigos. Com um truque: para cada palavra, usa-se um “ou” que soa algo hipócrita.» São cnsiderações muito críticas do jornalista Nuno Pacheco, a propósito do lançamento da versão digital do atualizado dicionário da Academia das Ciências de Lisboa, num artigo de opinião incluido no jornal Público em 27 de abril de 2023. Mantém-se a ortografia de 1945, seguida pelo autor.

Se o “acordo” nem para isto serve,  <br> livrem-se dele de vez
Sobre as variedades linguísticas codificadas do português nos exames nacionais
«Que tal aceitarem que o português tem variantes, também ortográficas, e que é conhecendo-as e sabendo conviver com elas que se fará o nosso futuro?», pergunta o jornalista português Nuno Pacheco, em mais um artigo* anti-Acordo Ortográfico de 1980, a propósito de uma proposta da Associação de Professores de Português para o Instituto de Avaliação Educativa (Iave) criar «um grupo de trabalho no seu conselho científico para discutir a aceitação das variedades linguísticas codificadas do português nos exames nacionais».
 
 * in jornal Público do dia 20/102022. Escrito segundo a norma ortográfica de 1945.
A Ordem dos Advogados acima da lei?!
Uma entidade pública que recusa a ortografia oficial

A decisão da Ordem dos Advogados portugueses na não aplicação da norma ortográfica oficialmente em vigor no país desde 2015  é «uma inadmissível provocação» por parte de uma entidade pública, criada pelo Estado e encarregada do desempenho de tarefas públicas de regulação e disciplina da profissão de advogado — considera o constitucionalista Vital Moreira, em texto publicado no blogue Causa Nossa, com a data de 23 de junho de 2022.

 

Secção de voto? Já procurou por seção? Ou sessão?
O Acordo Ortográfico nas eleições portuguesas de 30 de janeiro de 2022

«Graças ao AO90 e às suas trapalhadas de duplas grafias e facultatividades, temos nestas legislativas secções de voto, mas também “sessões” (como já se viu na RTP ou em câmaras como a do Barreiro) ou “seções”, grafia usada no Brasil, mas que em Portugal é considerada inexistente pela Academia das Ciências de Lisboa e pelo próprio IILP

Artigo de opinião do jornalista Nuno Pacheco, oponente do Acordo Ortográfico de 1990 sobre o lugar que este ocupou nas discussões políticas da campanha para as eleições legislativas antecipadas, realizadas em Portugal em 30 de janeiro de 2022. Texto incluído na edição de 27 de janeiro de 2022 do jornal Público, escrito segundo a norma ortográfica de 1945, adotada no texto original.

O brasileiro já é a língua do Brasil?
Presente e futuro da lusofonia

É tempo de o português do Brasil se tornar a língua brasileira? O jornalista e escritor brasileiro Sérgio Rodrigues diz que sim, em crónica publicada na Folha de S.Paulo (12 de maio de 2021), mas o historiador e político português Rui Tavares acha que não (Público, 14 de maio de 202).

Duas posições que, podendo ser antagónicas, concordam como indícios de que algo não corre bem no seio da chamada lusofonia.

Incluiu-se também o que, a propósito desta troca de argumentos, escreveu o jornalista Nuno Pacheco no jornal Público, de 20 de maio de 2021, assim como, sobre esta mesma querela, o texto Afinal, existe 'língua brasileira'?, da autoria do professor Sérgio Nogueira.

Ainda dá para salvar a lusofonia?
Tempo de soarem os alarmes

«Uma decisão intempestiva de autonomizar oficialmente parte da língua portuguesa teria também de ter origem num governo nacional (por ação, no caso do Brasil; por omissão, no caso de Portugal) [...] não mudaria em nada a intercompreensão entre as centenas de milhões de falantes da língua mas [...] teria um impacto desastroso para o português do ponto de vista da sua estratégia internacional.» A observação é do historiador e político português Rui Tavares, como reação à crónica do jornalista e escritor brasileiro Sérgio Rodrigues, que, na Folha de S. Paulo (12 de maio 2021), defendeu a proclamação, como língua independente, do português falado e escrito no Brasil (ler aqui).

Crónica do jornal Público em 14 de maio de 2021.