O nosso idioma - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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Textos de investigação/reflexão sobre língua portuguesa.
50 palavras nos 50 anos do 25 de Abril em Portugal
Modismos e, também, usos escusadamente erróneos

Descolonização, militância, reforma agrária, retornado ou saneamentos foram, entre tantas outras, as novas palavras e expressões mais marcantes da primeira década da restauração da democracia em Portugal e decorrentes de toda uma realidade sociopolítica diametralmente oposta ao que se vivera até então. 50 anos transcorridos, o que vai prevalecendo atualmente no espaço político-mediático nacional são mais os modismos e... alguns (escusados) tropeções gramaticais.

O jornalista José Mário Costa, cofundador do Ciberdúvidas da Língua Portuguesa, faz um balanço dos usos lexicais que refletiram modas e momentos críticos do meio século de democracia em Portugal.

 

Viva a liberdade!
Considerações sobre o conceito mais famoso do 25 de Abril

No âmbito das comemorações dos 50 anos do 25 de abril, a consultora Inês Gama reflete, neste apontamento, sobre os sentidos da palavra liberdade.

Ponto final: só serve para finalizar?
As utilidades de um sinal (I)

«Você pode até pensar que a multiplicação desse sinal é coisa moderna, especialmente na escrita jornalística e publicitária. Ocorre, porém, que escritores mais antigos também souberam empregar o ponto final e períodos breves para causar certos efeitos no texto.»

O revisor Gabriel Lago identifica quatro usos expressivos do ponto final, num apontamento publicado em 20 de abril de 2024 no mural Língua e Tradição (Facebook) e aqui transcrito com a devida vénia.

<i>Amigo</i>
Flexões em grau e classe de pertença

Por que razão não é correto dizer-se «Ele é amicíssimo meu»? Esta é a dúvida que a professora Carla Marques esclarece esta semana.

(Apontamento divulgado no programa Páginas de Português, da Antena 2, em 21 de abril de 2024)

<i>«Duelo a três»</i>
Como se deve designar um combate a três?

Em Portugal, em alguns noticiários televisivos, artigos de jornais e espaços de comentário, usou-se a expressão «duelo a três», para descrever o debate que teve lugar entre os três maiores partidos do parlamento. Esta descrição não passou ao lado dos comentadores do Programa Cujo Nome Estamos Legalmente Impedidos de Dizer, transmitido na SIC Notícias, em 12 de abril de 2024. Nele o moderador/apresentador, Carlos Vaz Marques, questiona o Ciberdúvidas sobre se tal expressão estaria correta e qual seria a melhor forma de, em português, designar um combate a três? Neste apontamento, a consultora Inês Gama tenta dar resposta a essa questão.

«Ir a campo» = «Ir a jogo»
Uma expressão futebolística e académica

«Ir a campo» é a expressão comentada pelo consultor Paulo J. S. Barata, que a relaciona com usos futebolísticos e académicos.

O português de Portugal está ficando mais brasileiro?
As expressões ouvidas com cada vez mais frequência no país

«'Grama', 'geladeira', 'dica'. Essas e outras palavras e expressões 'brasileiras' têm se tornado cada vez mais comuns no vocabulário dos portugueses, segundo linguistas e estudiosos do tema»

Síntese da jornalista Julia Braun sobre a influência do português do Brasil em Portugal, neste artigo publicado no portal da BBC Brasil em 6 de abril de 2024 e que aqui se transcreve com a devida vénia. As duas ilustrações provêm do trabalho original.

A <i>conspiritualidade</i> e o <i>conspiracionar</i>
Mescla entre teorias da conspiração e espiritualidade

Perante a ação política de vários pastores evangélicos ultraconservadores em Portugal, fala-se em conspiritualidade e conspiracionismo, termos a que o consultor Paulo J. S. Barata dedica este apontamento.

Tal
Uma palavra polifuncional

A que classe pertence a palavra tal em «Não tenho conhecimentos para tal»? A resposta é dada pela professora Carla Marques, no seu apontamento divulgado no programa Páginas de Português, da Antena 2, em 14 de abril de 2024. 

«O quê que é que você está dizendo?»
Realce e queísmo

«[U]samos que demais quando falamos e escrevemos. Sobre isso, há até um nome para o fenômeno (que não deixa de ser um vício de linguagem): queísmo.» Este é um dos esclarecimentos que o linguista brasieiro Jefferson Evaristo dá sobre o excesso de que, induzido pela sua produtividade como marca enfática no discurso corrente, num apontamento publicado no mural Língua e Tradição, no Facebook , com a data de 29 de março de 2024.