Ambas as formas se encontram nos dicionários mais recentes, concebidos e publicados em Portugal, mas sugiro que use peluche em vez de pelúcia, pela simples razão de o primeiro termo se ter generalizado no uso linguístico actual. Pelúcia parece ser uma palavra mais antiga, possivelmente adaptada do italiano; porém, acontece que peluche, de origem francesa, se tornou corrente, pelo menos, no comércio de brinquedos, testemunhando uma fase em que a vida portuguesa se deixava influenciar pelas modas de França.
Este facto não tem nada que nos envergonhar a nós, portugueses e demais lusófonos, porque o empréstimo de palavras estrangeiras é um processo comum no contacto entre culturas. Com efeito, seria estranho perguntar «tem ursos de pelúcia?», ao pretender comprar um brinquedo nesse material. Note-se, contudo, que a significação de pelúcia recobre também a acepção de «pelugem» ou «penugem».