“Massivo” não se deve empregar em caso algum, pois trata-se de galicismo absolutamente dispensável e reprovável, dado que a palavra portuguesa correspondente é o vernáculo maciço, em todas as acepções em que erradamente haja a tentação de usar “massivo”.
N.E. (25/02/2021) – Até meados do século XX e mesmo depois, entre autores normativos, condenava-se o adjetivo massivo, considerado «galicismo grosseiro», como dizia, por exemplo, Vasco Botelho de Amaral (Grande Dicionário de Subtilezas e Dificuldades do Idioma Português, 1958). No entanto, em 2000, o dicionário da Academia das Ciências de Lisboa registava massivo como termo da linguística, na aceção de «substantivo que representa um conjunto que não é passível de ser dividido em partes singulares que se possam enumerar, contar» (exemplo, farinha e sumo; cf. Dicionário Terminológico). O termo está hoje consignado em dicionários eletrónicos em linha como o da Infopédia e o da Priberam. É, portanto, correto o uso de massivo, pelo menos, no âmbito especializado da linguística; porém, como sinónimo de maciço, o seu emprego mantém-se discutível: «adesão maciça», como o mesmo que «adesão em massa», afigura-se melhor que «adesão massiva».