É, porque a concordância de digno se faz com o sujeito da oração, que, no caso, é «a frequência com que são utilizados os convénios», cujo núcleo é o substantivo do género feminino frequência. Recorde-se que o sujeito pode surgir depois do predicado, por exemplo, em frases em que ocorram predicados formados por um verbo copulativo (ser) e um adjectivo que tenha valor psicológico (preocupante) ou modal (isto é, que exprime permissão, como proibido, ou grau de certeza, como provável):
«A subida do nível do mar é preocupante» = «É preocupante a subida do nível do mar»; «A entrada é proibida a estranhos» = «É proibida a entrada a estranhos».
Assinale-se que, com expressões como «é preocupante/proibido» (por exemplo, «é estranho», «é óbvio»), o sujeito pode ser uma oração: «É preocupante que o nível dos mares suba»; «É proibido fazer fogueiras»; «É óbvio que estamos em crise»; «É estranho estar tanta gente aqui». Estes exemplos mostram que é sempre usado o masculino do adjectivo que tem a função de predicativo do sujeito («preocupante», «óbvio», «estranho»).