O nome de um coleccionador de borboletas pode ser lepidopterologista. No entanto, esta designação é mais correcta para um investigador do grupo zoológico das borboletas, que tem o nome científico de lepidoptera.
N.E. – Lepidopterologista (ou lepidopterista, ou ainda lepidopterólogo, variantes registadas no Dicionário Contemporâneo de Língua Portuguesa, de Caldas Aulete) é «o que é versado em lepidopterologia». Lepidopterologia é a parte da entomologia (a parte da zoologia que estuda os insectos) que trata especialmente dos insectos lepidópteros. Lepidóptero (no masculino, segundo a abonação dos dicionaristas; vem do grego 'lepis, lepidos', «escama» + 'pteron', «asa») é nome científico das borboletas.
Borboleta é de etimologia obscura. O Dicionário Etimológico da Língua Portuguesa, de José Pedro Machado, diz: «Para Bertil Maler (em "Studier i Modern Sprakvetenskap", Upsália, XVI, pp. 149-158, reproduzida na "Revista Portuguesa", XXII, p. 393) esta palavra assentará numa reduplicação de 'bellus', mais terminação diminutiva, a saber: 'belbelita'; "o afecto com que o povo considera o lindo voador justifica plenamente tanto a reduplicação como sufixo diminutivo."
A forma antiga era berbereta, no século XVI: "& tanto estimão de matar que quando acendem candeas [têm] nas em alenternas por se não matarem nas candeas as berberetas (...)"» Segundo José Pedro Machado a forma borboleta aparece na nossa língua também no século XVI, com Camões: «"Qua tem a borboleta por costume/Que, enlevada na luz da acesa vela,/Dando vai voltas mil...", Soneto n.º 27, em "Lírica", p.122.».
Outra hipótese, segundo outros autores citados no dicionário Houaiss, é a proveniência a partir do radical "papill" (tal como o francês "papillon"), para ligá-lo ao latim 'papillo, onis', «borboleta».