O verbo comparar tanto pode ter a regência da preposição a como da preposição com.
Na Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira, estas duas regências têm as seguintes abonações:
— «E se este livro se comparar com os outros seus, este foi a coroa de todos», António Vieira, Sermões;
— «o prazer de (...) não se compara ao prazer e consolação que eu senti...», Garrett, Viagens na minha Terra.
Na frase que apresenta, deverá utilizar a preposição a sem acento, porque ela não está contraída com nenhum artigo (o pronome tudo não é precedido de artigo).
N.E.:Comparar é um verbo de três lugares:
um sujeito, um complemento direto e um complemento
oblíquo/preposicionado iniciado pela preposição com ou ainda pela preposição a:
(1) «O presidente comparou a situação atual com aquela que vivemos nos anos oitenta.»
sujeito: «o presidente»
Complemento direto: «a situação atual»
Complemento oblíquo/preposicionado: «com aquela que vivemos ...»